terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

PESQUISA


Menos da metade dos professores de escolas públicas lê no tempo livre

(Do site do NE10)

Um cabo de vassoura que era capaz de falar e sentir era o protagonista do primeiro livro lido pela então adolescente Denise Pazito. Hoje, professora e pedagoga no Espírito Santo, ela fala da experiência em seu blog. "O livro foi indicado pela escola. Provavelmente, eu estava no 4° ou 5° ano. Ele se chamava Memórias de um Cabo de Vassoura e o seu autor era Orígenes Lessa. Professora inspirada a minha. Acertou na mosca. Uma história encantadora. Me encantou pelo mundo das letras."

Mas assim como são capazes de encantar, os professores têm em suas mãos o poder de desencantar, não por intenção, às vezes por desconhecimento. Uma pesquisa feita pelo QEdu: Aprendizado em Foco, uma parceria entre a Meritt e a Fundação Lemann., organização sem fins lucrativos voltada para educação, mostra que menos da metade dos professores das escolas públicas brasileiras tem o hábito de ler no tempo livre.

Baseado nas respostas dadas aos questionários socioeconômicos da Prova Brasil 2011, aplicados pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), e divulgados em agosto do ano passado, o levantamento do QEdu mostra que dos 225.348 professores que responderam à questão, 101.933 (45%) leem sempre ou quase sempre, 46.748 (21%) o fazem eventualmente e 76.667 (34%), nunca ou quase nunca.

No caso de Denise, a leitura levou essa prática para as salas de aula, no entanto, muitos brasileiros terminam o ensino básico sem ler um livro inteiro. Para além da falta do hábito de leitura, a questão pode estar ligada a infraestrutura.

"O número de professores que não leem é chocante, mas isso pode estar ligado ao acesso. É preciso lembrar que faltam bibliotecas e que um livro é caro. Um professor de educação básica ganha em média 40% menos que um profissional de ensino superior. Acho que faltam políticas de incentivo. Não acredito que seja apenas desinteresse", diz a diretora executiva do movimento Todos pela Educaçao, Priscila Cruz.

Um levantamento divulgado em janeiro pelo movimento mostra que o Brasil precisa construir 128 mil bibliotecas escolares em sete anos para cumprir uma lei federal que vigora desde 2010. Segundo a pesquisa, faltam 128 mil bibliotecas no país. Para sanar esse déficit até 2020, deveriam ser erguidos 39 espaços por dia, em unidades de ensino públicas e particulares. Atualmente, a deficiência é maior nas escolas públicas (113.269), o que obrigaria a construção de 34 unidades por dia até 2020.

Para Priscila, uma possível solução seriam os livros digitais. O Programa Nacional de Formação Continuada em Tecnologia Educacional (ProInfo Integrado) do Ministério da Educação distribui equipamentos tecnológicos nas escolas e oferece conteúdos e recursos multimídia.

Além disso, o governo facilita o acesso aos conteúdos por meio da distribuição de tablets, tanto para professores quanto para estudantes. No ano passado, o MEC transferiu R$ 117 milhões para 24 estados e o Distrito Federal para a compra de 382.317 tablets, destinados inicialmente a professores do ensino médio.

Sobre o acesso digital, os dados do levantamento do QEdu mostram que 68% dos professores (148.910) que responderam à pergunta usam computador em sala de aula. O estado com a maior porcentagem é Mato Grosso do Sul: 95% dos professores disseram que usam o equipamento. O Maranhão é o estado com a menor porcentagem (50,5%) de professores fazem o uso do computador. É lá também onde se constatou a maior porcentagem de escolas onde não há computadores: 38,3%. Estão no Sudeste, no entanto, as maiores porcentagens dos professores que acreditam não ser necessário o uso de computador nas salas: Minas Gerais (16%), Rio de Janeiro (15,4%) e São Paulo (15%).

O responsável pelo estudo, o coordenador de Projetos da Fundação Lemann, Ernesto Martins, diz que o país vive uma época de inovações no ensino e de incorporação dos meio digitais, como disse recentemente em palestra no Brasil o professor norte-americano Salman Khan, que usa o meio digital para promover acesso ao ensino. "Existem muitos desafios no país ligados a problemas de infraestrutura. Não apenas de acesso às máquinas, mas de acesso à internet, à qualidade dos sinais", disse.

Ao recepcionar o professor norte-americano, o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, ressaltou a importância dos meios digitais: “O conteúdo ao qual o filho dos mais ricos tem acesso pode ser dado aos menos servidos de educação. Queremos tornar a educação não algo escasso, mas um direito humano que todas as pessoas possam ter”, disse.

Fonte: Agência Brasil

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

Escolas públicas devem ofertar ensino religioso

Do site do FONAPER

(Publicado em 30 de janeiro de 2013)


As Escolas da rede pública municipal de João Pessoa estão obrigadas, desde o dia 8 deste mês, a oferecer o Ensino religioso na grade curricular do Ensino fundamental. Porém, os Alunos não estão obrigados a fazer matrícula na disciplina.
A regra passou a valer após o secretário Municipal de Educação e Cultura, Luiz de Sousa Junior, homologar a Resolução 026/12 instituída pelo Conselho Municipal de Educação. A medida, prevista na Lei Federal de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB n°9.394/96 com nova redação na Lei 9.475/97) e no artigo 11 do Anexo do Decreto nº 7.107/2010, já vale para o ano letivo 2013.
De acordo com Art. 2° do documento, o componente curricular vai “subsidiar o estudante para compreensão do fenômeno religioso, presente nas diversas culturas e sistematizado por todas as tradições religiosas”.
No parágrafo único do mesmo artigo, diz que, nas Escolas públicas municipais, não será permitido qualquer tipo de preconceito ou manifestação em desacordo com o direito individual do estudante e de seus familiares, de declarar um credo religioso ou mesmo o de não exercer nenhum.
Segundo a lei, no ato da matrícula, a instituição deverá informar ao estudante, ou aos pais, quando de menor idade, a oferta do Ensino religioso, bem como a faculdade de matricular-se no mesmo. O conteúdo pedagógico tem caráter inter-religioso, distinto da catequese, onde deverá pautar na contextualização do conhecimento, reconhecendo que o fenômeno religioso é um dado da cultura e da identidade de grupos sociais, que deve promover o sentido da tolerância e do convívio respeitoso com o diferente.
O Ensino religioso deverá ser ofertado no horário normal das Escolas públicas municipais de Ensino fundamental, acrescido ao mínimo de 800 horas anuais prevista na Lei 9.394/96.
Conforme a resolução publicada no semanário oficial de 13 a 19 deste mês, para a docência do Ensino religioso, serão aproveitados os profissionais habilitados para o Ensino fundamental nos termos da legislação do Ensino vigente, pertencentes ao quadro do Magistério Municipal. Para ressaltar a função do Professor, o Art. 11 estabelece que “Cabe ao Educador buscar constantemente as manifestações religiosas, ter clareza quanto à própria convicção de fé, consciência da complexidade da questão religiosa, facilitar o diálogo e ser interlocutor entre Escola e comunidade”.
Já no artigo seguinte, a resolução determina que a Secretaria de Educação e Cultura, através da Diretoria de Gestão Curricular, deverá promover cursos de capacitação para os Professores responsáveis pela docência do Ensino religioso.
O Fórum Nacional Permanente do Ensino Religioso (FONAPER) parabeniza a Rede Municipal de João Pessoa por fazer cumprir a legislação nacional do Ensino Religioso, bem como todos os profissionais desta área que tem lutado durante anos para ocorresse a inserção do referido componente, uma vez que é direito do educando ter acesso aos conhecimentos produzidos nas diferentes culturas - tradições religiosas e não-religiosas.

Fonte: Jornal da Paraíba (PB) - 26 de janeiro de 2013

segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Graduação em Ciências da Religião em Minas Gerais


Publicado pelo FONAPER em 26 de novembro de 2012.

Nesse 2º semestre de 2012 a Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) deu início às atividades da Graduação em Ciências da Religião, cujo objetivo é capacitar profissionais para a pesquisa e a docência na área da religião e do Ensino Religioso (ER) sempre numa perspectiva interdisciplinar e não confessional.

Nesse mesmo período, entre os dias 20 e 21 de novembro, o departamento promoveu o seminário "Ensino Religioso: perspectivas e desafios", dirigido pelo Prof. Elcio Cecchetti, da UNOCHAPECÓ. Ainda de acordo com site, o evento sela uma parceria entre o Departamento de Ciência da Religião e a Superintendência Regional de Ensino, para promover a formação de docentes de Ensino Religioso e também marca " o início das atividades de preparação para o VII Congresso Nacional de Ensino Religioso (CONERE), que será realizado pelo FONAPER e UFJF em outubro do próximo ano (2013).

Parabéns a todos e que outras iniciativas dessas surjam em nosso país.

Barroca.






Novidade


Olá gente.

Como prometido, apresento a vocês a primeira novidade: o link do Supremo Tribunal Federal - STF. É esse primeiro link no canto superior direito da tela. Encontrou? Beleza!

Escuta só: clicando nele vocês terão acesso à pagina de acompanhamento processual da Ação Direta de Inconstitucionalidade - ADI 4439. Pra quem não se lembra, é aquela referente ao Ensino Religioso... Lembrou?

Faça um teste drive! É 0800. Se der qualquer erro me avisem...

Até uma próxima oportunidade.

Ah, teremos mais novidades viu!

Tchau,
Barroca

terça-feira, 20 de novembro de 2012

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Especialização em Ciências da Religião para Educação Religiosa



Oi gente.
Aí está mais uma brilhante iniciativa. É a Especialização em Ciências da Religião para a Educação Religiosa, proposta pelo Mestre e Prof. em Ciências da Religião Valter Avellar e pelo Doutor e Prof. Cláudio Vianney (coordenadores), da UNICAP.

O curso tem por objetivo contribuir com o processo de formação continuada de educadores(as), pelo aprofundamento de conhecimentos relativos ao fenômeno religioso, à pluralidade das religiões e aos fundamentos do ensino religioso. 
Podem se inscrever graduados da área das Ciências Humanas, bem como profissionais de outras áreas interessados no serviço de orientação religiosa em escolas confessionais e públicas. Poderá interessar especialmente a professores(as) que desejam melhor se capacitar para o trabalho no ensino religioso.
O quadro docente é composto por mestres e doutores das Ciências da Religião.

  • Número de vagas: 30 (trinta);
  • Horário das aulas: sextas das 18h às 22h e sábados das 8h às 13h;
  • Documentos necessários: cópia do diploma de graduação, cópias do RG e CPF, curriculum vitae, 01 foto 3X4;
  • Processo de seleção: análise da documentação apresentada, entrevista com o candidato (caso necessário);
  • Inscrições: até 30 de janeiro de 2012;
  • Seleção: 02 de fevereiro de 2012;
  • Matrículas: 06 a 10 de fevereiro de 2012;
  • Início das aulas: 02 de março de 2012;
  • Duração do curso: março/2012 a abril/2013;
  • Investimento: 14 parcelas de R$ 295,00;
  • Carga horária: 360h
Faça aqui sua inscrição !



Abraço a todos(as).






Unesco, Brasil e Estados Unidos lançam projeto para ensinar respeito na escola

Retirado do site do FONAPER.
Matéria veiculada em 20 de janeiro de 2012.


Coordenado pela Unesco e financiado pelo Departamento de Estado dos Estados Unidos, projeto reconhece o papel fundamental das escolas no combate à discriminação racial e étnica. O projeto Ensinando o Respeito para Todos, resultado de cooperação entre a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), os Estados Unidos e o Brasil, foi lançado no dia 18 em  Paris. Esse é o primeiro passo de um processo com duração de três anos, cujo objetivo é desenvolver currículos que promovam o aprendizado da convivência na escola.
Coordenado pela Unesco e financiado pelo Departamento de Estado dos Estados Unidos, o projeto reconhece o papel fundamental das escolas no combate à discriminação racial e étnica. O objetivo da primeira fase do projeto é rever os currículos escolares, as legislações e as políticas de educação para a tolerância a fim de identificar as melhores práticas nessa área.
Participam do lançamento a diretora-geral da Unesco, Irina Bokova, a secretária adjunta para Organismos Internacionais do Departamento de Estado dos EUA, Esther Brimmer, e o secretário executivo da Secretaria Especial de Políticas para a Promoção da Igualdade Racial, Mário Theodoro Lisbôa.
O FONAPER (e o nosso blog) parabenizam a iniciativa, pois vem contribuir com a concepção de educação fundada no (re)conhecimento da diversidade cultural, perpassando, com isso, no respeito a diversidade religiosa.